Evento | Paraty em Foco - Impressões

Emfim posso falar um pouco sobre a experiência do Paraty em Foco. A cidade estava tomada por exposições ao ar livre. Como cheguei um dia antes do início do evento, a cidade ainda estava vazia e pude ver calmamente as exposições - do jeito que eu gosto. 

Abaixo fotos da exposição "The Afronauts", da fotógrafa espanhola Cristina de Middel. Este ensaio é uma ficção baseado na ideia de um professor na Zâmbia de criar um programa espacial e levar alguns homens e gatos à lua, o que nunca aconteceu.



As fotos a seguir são do também espanhol, Jorge Fuembuena, e se chama "Portraists", e obviamente trata-se de retratos. Ficaram expostos bem pertinho da pousada onde me hospedei e sempre que passava por eles, parava para dar uma olhadinha.



Agora, uma das melhores exposições, Bangladesh. Infelizmente nesse dia estava sem minha máquina e só pude registrar de celular, portanto, ignorem a qualidade das imagens e olhem a beleza das fotos, mesmo se tratando de um assunto tão cruel que é o trabalho escravo infanto juvenil.

Falando um pouco de entrevistas (e eu vi muitas), quero dar ênfase a que mais me marcou. Os fotógrafos Gui Mohallem e Breno Rotatori dialogaram a respeito de seus projetos e deixaram em mim uma vontade imensa de executar fotografia autoral... mas isso é assunto para outro dia. Breno falou sobre um projeto em parceria com sua avó, chamado manélud. Simplesmente lindo, o projeto constitui em os dois fotografarem o mesmo 'instante', um de frente para o outro(http://brenorotatori.com/manelud). Ele contou que de uma hora para outra sua avó disse que queria fotografar e passou a usar uma câmera com filme e faz fotos do que gosta e da forma que vê o mundo- eu achei lindo. Já Gui Mohallem, esse me atiçou a curiosidade mais profunda. Ele falou sobre 3 projetos: "Ensaio para a loucura", "Tcharafna" e "Welcome home" - No Tcharafna, ele mergulha numa viagem para conhecer sua origem... é lindo o vídeo do encontro com uma tia no Líbano que ele não conhecia. Mas o projeto que me deixou curiosíssima em saber mais a respeito daquele fotógrafo foi o "Welcome home"...Ele foi visitar, a convite de um amigo, um grupo numa fazenda dos EUA que celebra a natureza através de rituais. Na segunda vez ele resolveu fotografar aquelas pessoas que o acolheram em seu meio. A história é longa e o resultado é de encher os olhos. Tanto que virou um livro, o qual eu tenho que comprar. Veja mais aqui: http://www.guimohallem.com/welcome-home


Tem muita coisa para falar, mas para não fica rum post interminável, quero concluir dizendo que aprendi que, assim como na vida, a fotografia também funciona melhor sem o pensamento maniqueísta de certo e errado. Depende de quem faz, de quem vê, para quem se faz. Nada de engessar a arte nem de querer apertá-la contra as mãos, ela acaba escorrendo pelos lugares menos prováveis. E para terminar, umas fotos da linda cidade de Paraty:









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